sexta-feira, outubro 15, 2010
Fragmentos
O que eu sou? O que é você? O que somos nós?
Uma pergunta filosófica? Uma pergunta Teológica?
Uma pergunta do Ser.
Ser que procura respostas em mim, em você, em nós.
Ser que se inquieta, que se ressente com as máscaras,
Com as farsas, com a verdade que tentamos velar.
Porque se escondes? Porque me escondo?
Porque nos escondemos?
Revelamos uma imagem abstrata, refletimos uma falácia.
O que quero? O que queres? O que queremos?
A farsa nos afasta
O medo nos protege.
O desejo encoberto em nossa alma
Revela uma verdade que não podemos negar.
O que sou - você o sabe.
O que é você - eu o sei.
O que somos - procuramos conhecer, procuramos saber.
Patrícia Prado
Escrevo
Escrevo
Como quem conta uma história
Para muitos ouvirem
Para ninguém ouvir.
Teço
Nas páginas em branco
Pedaços de sonhos
Que uno a linha da ilusão.
Revelo
Através de um grito no silêncio
Que ecoa de meu ser
Fragmentos de uma alma
Que chora pelo não vivido.
Escrevo, Teço, Revelo
Desejos, Sonhos, Ilusões
Escrevo.
Patrícia Prado
Como quem conta uma história
Para muitos ouvirem
Para ninguém ouvir.
Teço
Nas páginas em branco
Pedaços de sonhos
Que uno a linha da ilusão.
Revelo
Através de um grito no silêncio
Que ecoa de meu ser
Fragmentos de uma alma
Que chora pelo não vivido.
Escrevo, Teço, Revelo
Desejos, Sonhos, Ilusões
Escrevo.
Patrícia Prado
Nalgum Lugar
Poema de E.E. Cummings musicado por Zeca Baleiro, CD Líricas
Nalgum lugar em que eu nunca estive,
alegremente além de qualquer experiência,
teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar
porque estão demasiadamente perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,
nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente)
sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida
nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda parte
Nada que eu possa perceber neste universo
iguala o poder de tua intensa fragilidade:
cuja textura compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;
só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva tem mãos tão pequenas
Nalgum lugar em que eu nunca estive,
alegremente além de qualquer experiência,
teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar
porque estão demasiadamente perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,
nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente)
sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida
nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda parte
Nada que eu possa perceber neste universo
iguala o poder de tua intensa fragilidade:
cuja textura compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;
só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva tem mãos tão pequenas
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