sexta-feira, setembro 01, 2006

Estigmas


Sou marcada.
Sou marcada pelo tempo,
Sou marcada pelo vento...
Sou marcada.

E, as marcas que trago no peito,
Fazem da memória
Um eterno suplício
Onde as imagens nunca desfazem;
Onde os fantasmas sempre surgem
Há banquetear junto á solidão.

Estigmas eternos são as marcas que tenho.
Feridas abertas por almas desalmadas
Que como algozes não perdoam sua vítima.
Atrozes destroem todos os sonhos,
Velozes roubam a ilusão.

As marcas que trago,
Fazem de mim o que sou:
Ser errante, ser itinerante,
Ser marcado, ser roubado
Ser que não é.

Patrícia Prado

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