Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar pela janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Um barco sem porto sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino bandido
Às vezes me preservo outras suicido
Às vezes me preservo noutras suicido
oh sim, eu estou tão cansado
Mas não prá dizer
Que eu não acredito mais em você
Eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
Mas vou tomar aquele velho navio
Aquele velho navio
Aquele velho navio...
Um barco sem rumo, sem porto, sem vela
Cavalo sem sela um bicho solto,
Um cão sem dono,
Um menino bandido
As vezes me preservo noutras suícido
Flor da Pele - Zeca Baleiro
sábado, setembro 01, 2007
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Um comentário:
Interessante, música?
Vejo a vida como um barco, o suicidio seria pular desta embarcação. Mas porque desistir da viagem?
Sei que em momentos de aflição isto é que muitos desejam, mas ser um soldado valente é enfrentar a tempestade sem sair do barco, e ainda que ele se despedaçe continuar seguro em seus destroços.
Loucura? Não, realidade.
Se deixar de me segurar em qualquer parte do barco poderei afundar, por que seja pequeno o fraguimento, é meu unico socorro.
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