sexta-feira, outubro 15, 2010
Fragmentos
O que eu sou? O que é você? O que somos nós?
Uma pergunta filosófica? Uma pergunta Teológica?
Uma pergunta do Ser.
Ser que procura respostas em mim, em você, em nós.
Ser que se inquieta, que se ressente com as máscaras,
Com as farsas, com a verdade que tentamos velar.
Porque se escondes? Porque me escondo?
Porque nos escondemos?
Revelamos uma imagem abstrata, refletimos uma falácia.
O que quero? O que queres? O que queremos?
A farsa nos afasta
O medo nos protege.
O desejo encoberto em nossa alma
Revela uma verdade que não podemos negar.
O que sou - você o sabe.
O que é você - eu o sei.
O que somos - procuramos conhecer, procuramos saber.
Patrícia Prado
Escrevo
Escrevo
Como quem conta uma história
Para muitos ouvirem
Para ninguém ouvir.
Teço
Nas páginas em branco
Pedaços de sonhos
Que uno a linha da ilusão.
Revelo
Através de um grito no silêncio
Que ecoa de meu ser
Fragmentos de uma alma
Que chora pelo não vivido.
Escrevo, Teço, Revelo
Desejos, Sonhos, Ilusões
Escrevo.
Patrícia Prado
Como quem conta uma história
Para muitos ouvirem
Para ninguém ouvir.
Teço
Nas páginas em branco
Pedaços de sonhos
Que uno a linha da ilusão.
Revelo
Através de um grito no silêncio
Que ecoa de meu ser
Fragmentos de uma alma
Que chora pelo não vivido.
Escrevo, Teço, Revelo
Desejos, Sonhos, Ilusões
Escrevo.
Patrícia Prado
Nalgum Lugar
Poema de E.E. Cummings musicado por Zeca Baleiro, CD Líricas
Nalgum lugar em que eu nunca estive,
alegremente além de qualquer experiência,
teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar
porque estão demasiadamente perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,
nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente)
sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida
nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda parte
Nada que eu possa perceber neste universo
iguala o poder de tua intensa fragilidade:
cuja textura compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;
só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva tem mãos tão pequenas
Nalgum lugar em que eu nunca estive,
alegremente além de qualquer experiência,
teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar
porque estão demasiadamente perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,
nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre (tocando sutilmente, misteriosamente)
sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida
nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda parte
Nada que eu possa perceber neste universo
iguala o poder de tua intensa fragilidade:
cuja textura compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;
só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva tem mãos tão pequenas
segunda-feira, setembro 27, 2010
Porque falar da dor?
Porque falar da dor, se ainda existe amor?
Porque falar dos espinhos, que feriram-me a alma, se ainda há rosas a desabrochar?
Porque amargurar-me em recordações, que de tão saudosas, levam-me ao pranto?
Porque?
Se estamos todos em um grande palco a encenar a vida?
Então, que troquem o figurino!
Hoje o espetáculo é da alegria!
Hoje a palavra de ordem é sonhar, sorrir, viver.
Viver com toda força que ainda existe em mim,
Sorrir como uma criança que se alegra com a simplicidade da vida,
Sonhar com o que ainda é possível de se realizar.
Porque falar da dor, se ainda existe amor?
Porque falar de espinhos, se ainda há rosas?
Porque falar de você, se ainda tenho a alegria de viver?
Patrícia Prado
Além das Flores
Além das flores
Ficam as mãos que a colheram
Fica a terra que recebeu a semente
Fica a vontade de ser.
Além da vida
Fica a vontade escondida
Em folhas amarelas que revelam
Sonhos e ilusões
Além dos sonhos
Fica a esperança de um dia libertar-se
Dos fantasmas que assombram
Que aprisionam
Que colhem a vida.
Patrícia Prado
Sensações
Chove.
E a chuva traz de volta um pensamento
Sobre você, sobre nós.
Frio.
É a sensação que tenho
Ao lembrar-me de tuas mãos, de teu corpo, de tua voz...
Noite.
É o que vivo... eterna noite.
Depois que te perdi, depois que te amei.
Patrícia Prado
E a chuva traz de volta um pensamento
Sobre você, sobre nós.
Frio.
É a sensação que tenho
Ao lembrar-me de tuas mãos, de teu corpo, de tua voz...
Noite.
É o que vivo... eterna noite.
Depois que te perdi, depois que te amei.
Patrícia Prado
quarta-feira, setembro 22, 2010
Em Suma...
As vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nos dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
O antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho...
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho äs vezes cai bem
Eu tenho os meus segredos e planos, secretos
Só abro prá você mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E, se ele de repente me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca prá fora
Ou você me engana
Ou não está maduro
Onde está você agora?
Peninha escreveu. Nietzsche tinha razão: o eterno retorno existe.
terça-feira, setembro 21, 2010
Palavra, esse desafio
Palavra vem do grego parabolé e significa comparação, aproximação. Daí parábola, discurso alegórico. No sentido em que a conhecemos, espalhou-se pelas línguas românicas superando o termo latino verbum. Não há nenhuma intenção erudita nessa minhas primeiras frases, apenas busco um fio que me conduza à discussão da dificuldade que a maioria de nós tem em lidar com a linguagem. Fala-se muito no mundo e nem sempre com sensatez. Animal falante, o humano parece não se dar conta da importância dessa qualidade única e costuma despreza-la, gastando irresponsavelmente sua riqueza.
A palavra, originalmente, é aquele vocábulo que diz o que a coisa é, que se aproxima do objeto passando a significa-lo. Ouve-se o som e vê-se a representação. Maça tem cheiro e gosto de maça. Limão é redondo, tem líquido e é azedo. Cada uma tem sua história e, no momento em que é aceita, incorpora-se ao patrimônio de todo um povo.
É com elas que nos dirigimos aos nossos semelhantes, é através delas que somos capazes de transmitir os maiores carinhos ou as mais estúpidas agressões.
É por isso que eu aprendi a trata-las com a maior deferência, respeito. Tenho medo de usa-las de forma incorreta ou desleixada. Quantas vezes dizemos, ou queremos dizer, algo e somos entendidos de forma diferente do que pretendíamos? Quantas brigas e quanta incompreensão não nasceram de um jeito torto de falar ou de ouvir?
Pois aí reside o desafio maior de lidar com as palavras. Não basta que nos esforcemos em ser claros e sintéticos. Se nosso ouvinte não estiver equipado com o mesmo grau de compreensão, lá se vai toda nossa objetividade.
Quero expressar o belo, entendem o feio. Escrevo versos de amor e recebem mensagem de desprezo. Sou apenas um tímido incapaz de extravasar meus mais profundos sentimentos e tomam-me por um cara metido a besta, cheio de empáfia.
Às vezes até nos expressamos de forma exata, mas erramos no tom e o resultado nos é adverso. O que era para ser um alerta é visto como intromissão, o que de nós saiu como ponderação transforma-se num soco. Até mesmo o silêncio, aqui entendido como renúncia à palavra, pode virar-se contra o mundo.
Falo tudo isso para expressar o meu espanto diário ao abrir os jornais e ao assistir aos noticiários da televisão, com a facilidade com que muita gente desfila comentários e discursos os mais confiantes e desabusados, sem a menor cerimônia. Opina-se sobre tudo e com termos os mais descuidados.
O verbo é livre e viva a democracia. Mas um pouco de zelo na exteriorização dos pensamentos é essencial para que a palavra-parábola proporcione um encontro e não seja uma ação de se afastar do caminho direito. Pois, ela a palavra, tem esses dois significados conflitantes. É melhor que ela nos leve, sempre, ao encontro com os nossos semelhantes.
FERNANDO BRANT
A palavra, originalmente, é aquele vocábulo que diz o que a coisa é, que se aproxima do objeto passando a significa-lo. Ouve-se o som e vê-se a representação. Maça tem cheiro e gosto de maça. Limão é redondo, tem líquido e é azedo. Cada uma tem sua história e, no momento em que é aceita, incorpora-se ao patrimônio de todo um povo.
É com elas que nos dirigimos aos nossos semelhantes, é através delas que somos capazes de transmitir os maiores carinhos ou as mais estúpidas agressões.
É por isso que eu aprendi a trata-las com a maior deferência, respeito. Tenho medo de usa-las de forma incorreta ou desleixada. Quantas vezes dizemos, ou queremos dizer, algo e somos entendidos de forma diferente do que pretendíamos? Quantas brigas e quanta incompreensão não nasceram de um jeito torto de falar ou de ouvir?
Pois aí reside o desafio maior de lidar com as palavras. Não basta que nos esforcemos em ser claros e sintéticos. Se nosso ouvinte não estiver equipado com o mesmo grau de compreensão, lá se vai toda nossa objetividade.
Quero expressar o belo, entendem o feio. Escrevo versos de amor e recebem mensagem de desprezo. Sou apenas um tímido incapaz de extravasar meus mais profundos sentimentos e tomam-me por um cara metido a besta, cheio de empáfia.
Às vezes até nos expressamos de forma exata, mas erramos no tom e o resultado nos é adverso. O que era para ser um alerta é visto como intromissão, o que de nós saiu como ponderação transforma-se num soco. Até mesmo o silêncio, aqui entendido como renúncia à palavra, pode virar-se contra o mundo.
Falo tudo isso para expressar o meu espanto diário ao abrir os jornais e ao assistir aos noticiários da televisão, com a facilidade com que muita gente desfila comentários e discursos os mais confiantes e desabusados, sem a menor cerimônia. Opina-se sobre tudo e com termos os mais descuidados.
O verbo é livre e viva a democracia. Mas um pouco de zelo na exteriorização dos pensamentos é essencial para que a palavra-parábola proporcione um encontro e não seja uma ação de se afastar do caminho direito. Pois, ela a palavra, tem esses dois significados conflitantes. É melhor que ela nos leve, sempre, ao encontro com os nossos semelhantes.
FERNANDO BRANT
quinta-feira, setembro 16, 2010
Aula de Amor
Lição I: Estratégias da Cultura do Amor
- Amor chega aqui. Quero e preciso tomar algumas satisfações a você.
- Não adianta brigar comigo. Sou apenas mais um sentimento.
- Estou em uma crise de abstinência de você!
- Pare! Nem me conhece direito. O que sabes de amar?
- Sei que dói. Que me deixa fraco e com medo de tudo. Que me faz desejar o que nunca desejei fazer antes. Que me faz ceder e crescer e reaprender. Não gosto disso! Faz-me sentir que sou incompleto, que possui lugares sem luz dentro de mim. Que a claridade vem dos olhos teus.
- Então, diga o que desejas saber... Não tenho muito tempo pra você, por isso seja breve.
- A pergunta é simples: Como fazes para que esta incontida e desejada dor, que és, torna-se a razão para tantos ao mesmo tempo? Nem a própria loucura escapa de te amar...
- Ai! Tolo! O processo de amar não é tão simples de diagnosticar assim. Não sou um modelo único como contado pelas dezenas de livros de romances ou novelas... Tenho mais modalidades que os saltos olímpicos. Mas, você está pronto para falar sobre isso?
- Já tomei minha caneta e papel nas mãos.
- Tome nota então: Primeiro surpreendas todas as gerações com o amor Paternal ou Maternal e crie uma dependência mutua de veneração e respeito. Quando um pai herói e uma mãe super-protetora executam bem seu papel criam verdadeiras Cinderelas e ótimos Don Juan capazes de povoar a terra do bom e romântico conto de fadas. E neste momento amplio o horizonte das crianças com contos de fadas. Sempre poderemos no mundo da imaginação ter fadas madrinhas, esperar em uma cama quente o príncipe encantado e se for das pessoas mais agitadas correrá atrás de um sapo ou procurará em todos os cantos do mundo pela mulher que conseguiu calçar um sapato de cristal. Na infância você projetará toda a possibilidade de amar. As formas mais elaboradas de sonhar estão no coração das crianças.
- Nossa parece frio isso?
- Nunca... Imagine que muitas crianças já sabem qual relacionamento querem para si. Querem um príncipe no cavalo branco que a tome nas mãos e baile por toda noite. Alguns homens desejam a mulher de voz suave e dócil, feminina... A princesa! Isso muda um pouco na cultura contemporânea. Mas, a grande verdade é que como não podem ser mais os super-heróis assumem facilmente o cargo do “bad boy” como distorção dos vilões.
- Mas, porque desejar-te então?
- As desilusões e frustrações só nos fazem querer mais e mais o intangível. Será na infância que o mundo perfeito, o platonismo, o enamoramento com a vida, o primeiro amor acontecerá. Sabe, quando suas mãos frias, o suor, a gagueira e as palavras que não saem. Aquela sensação gostosa de “não ser notado” quando passa pelo ridículo de acompanhar quem ama com os olhos no meio do pátio do recreio. Essas sensações nos condicionam e nos definem pelo resto da vida. Eu educo desde bem cedo. Ao contrario dos demais sentimentos, preciso me adaptar e me aperfeiçoar. Afinal, algumas pessoas como você se imunizam a cada amor. Daí, preciso me desdobrar até perceber uma brecha em um coração calejado.
- Apenas, não tenho grande tolerância à dor...
- Pelo contrario, você percebeu o que muitos querem ignorar.
- Apenas acho que não existem príncipes no cavalo branco atrás da dona do sapado de cristal. Não existem perfeições. Não existe, no real que é a vida, a pessoa certa. Existem escolhas e podas. Existem químicas e associações que refletem nossos projetos para a felicidade. Quando encontramos alguém que soma isso deve repercutir em uma explosão de prazer em estar inteiro frente à outra pessoa.
- Bom agora fecha seus olhos e confessa se tudo que saiu de sua boca é verdade? Diga se enquanto falava tudo isso não pensava em um modelo perfeito do ser. Seu vício está na busca. Você inteiro também crê que encontrará alguém que alicerce seus sonhos. Querido, a verdade que ainda está sofrendo da ultima sacudida que lhe dei. Cure-se e se faça mais forte. Porque da próxima vez quero voltar com mais força e intensidade e quero ir mais longe a nossa conversa.
- Sabe amor. Da última vez você me deixou sem resquícios e agora você se vai me deixando confuso.
- Da última vez eu fiz tudo sozinho... Desta vez tive sua ajuda. Preciso ir!
- Vá! Até breve!
- Viu! Da última vez você disse adeus.
Marcos Paulo de Oliveira Bueno : Um amigo que tem me ensinado sobre "Manutenção de sentimentos"
- Amor chega aqui. Quero e preciso tomar algumas satisfações a você.
- Não adianta brigar comigo. Sou apenas mais um sentimento.
- Estou em uma crise de abstinência de você!
- Pare! Nem me conhece direito. O que sabes de amar?
- Sei que dói. Que me deixa fraco e com medo de tudo. Que me faz desejar o que nunca desejei fazer antes. Que me faz ceder e crescer e reaprender. Não gosto disso! Faz-me sentir que sou incompleto, que possui lugares sem luz dentro de mim. Que a claridade vem dos olhos teus.
- Então, diga o que desejas saber... Não tenho muito tempo pra você, por isso seja breve.
- A pergunta é simples: Como fazes para que esta incontida e desejada dor, que és, torna-se a razão para tantos ao mesmo tempo? Nem a própria loucura escapa de te amar...
- Ai! Tolo! O processo de amar não é tão simples de diagnosticar assim. Não sou um modelo único como contado pelas dezenas de livros de romances ou novelas... Tenho mais modalidades que os saltos olímpicos. Mas, você está pronto para falar sobre isso?
- Já tomei minha caneta e papel nas mãos.
- Tome nota então: Primeiro surpreendas todas as gerações com o amor Paternal ou Maternal e crie uma dependência mutua de veneração e respeito. Quando um pai herói e uma mãe super-protetora executam bem seu papel criam verdadeiras Cinderelas e ótimos Don Juan capazes de povoar a terra do bom e romântico conto de fadas. E neste momento amplio o horizonte das crianças com contos de fadas. Sempre poderemos no mundo da imaginação ter fadas madrinhas, esperar em uma cama quente o príncipe encantado e se for das pessoas mais agitadas correrá atrás de um sapo ou procurará em todos os cantos do mundo pela mulher que conseguiu calçar um sapato de cristal. Na infância você projetará toda a possibilidade de amar. As formas mais elaboradas de sonhar estão no coração das crianças.
- Nossa parece frio isso?
- Nunca... Imagine que muitas crianças já sabem qual relacionamento querem para si. Querem um príncipe no cavalo branco que a tome nas mãos e baile por toda noite. Alguns homens desejam a mulher de voz suave e dócil, feminina... A princesa! Isso muda um pouco na cultura contemporânea. Mas, a grande verdade é que como não podem ser mais os super-heróis assumem facilmente o cargo do “bad boy” como distorção dos vilões.
- Mas, porque desejar-te então?
- As desilusões e frustrações só nos fazem querer mais e mais o intangível. Será na infância que o mundo perfeito, o platonismo, o enamoramento com a vida, o primeiro amor acontecerá. Sabe, quando suas mãos frias, o suor, a gagueira e as palavras que não saem. Aquela sensação gostosa de “não ser notado” quando passa pelo ridículo de acompanhar quem ama com os olhos no meio do pátio do recreio. Essas sensações nos condicionam e nos definem pelo resto da vida. Eu educo desde bem cedo. Ao contrario dos demais sentimentos, preciso me adaptar e me aperfeiçoar. Afinal, algumas pessoas como você se imunizam a cada amor. Daí, preciso me desdobrar até perceber uma brecha em um coração calejado.
- Apenas, não tenho grande tolerância à dor...
- Pelo contrario, você percebeu o que muitos querem ignorar.
- Apenas acho que não existem príncipes no cavalo branco atrás da dona do sapado de cristal. Não existem perfeições. Não existe, no real que é a vida, a pessoa certa. Existem escolhas e podas. Existem químicas e associações que refletem nossos projetos para a felicidade. Quando encontramos alguém que soma isso deve repercutir em uma explosão de prazer em estar inteiro frente à outra pessoa.
- Bom agora fecha seus olhos e confessa se tudo que saiu de sua boca é verdade? Diga se enquanto falava tudo isso não pensava em um modelo perfeito do ser. Seu vício está na busca. Você inteiro também crê que encontrará alguém que alicerce seus sonhos. Querido, a verdade que ainda está sofrendo da ultima sacudida que lhe dei. Cure-se e se faça mais forte. Porque da próxima vez quero voltar com mais força e intensidade e quero ir mais longe a nossa conversa.
- Sabe amor. Da última vez você me deixou sem resquícios e agora você se vai me deixando confuso.
- Da última vez eu fiz tudo sozinho... Desta vez tive sua ajuda. Preciso ir!
- Vá! Até breve!
- Viu! Da última vez você disse adeus.
Marcos Paulo de Oliveira Bueno : Um amigo que tem me ensinado sobre "Manutenção de sentimentos"
Anima
Um reflexo é tudo que vejo.
Um reflexo em meio as trevas...
Como Dante caminho em meio as feras
Mas sem Virgílio, sem Beatriz, sem ninguém...
Mesmo em meio ao sombrio ainda se percebe um brilho
Seria a vontade de viver? seria a anima humana que clama
que geme, que se contorce na ânsia pela libertação?
Porque me aprisionastes? Porque cercaste-me de trevas?
Porque destes-me de beber do teu fel? Porque? Porque?
Que fiz a vós para dar-me como sentença a prisão?
Mas eu espero. Espero a esperança
E com ela reescrevo, ainda que com traços tímidos, uma nova história.
Ainda existe vida em mim. Ainda existe.
Patrícia Prado
Um reflexo em meio as trevas...
Como Dante caminho em meio as feras
Mas sem Virgílio, sem Beatriz, sem ninguém...
Mesmo em meio ao sombrio ainda se percebe um brilho
Seria a vontade de viver? seria a anima humana que clama
que geme, que se contorce na ânsia pela libertação?
Porque me aprisionastes? Porque cercaste-me de trevas?
Porque destes-me de beber do teu fel? Porque? Porque?
Que fiz a vós para dar-me como sentença a prisão?
Mas eu espero. Espero a esperança
E com ela reescrevo, ainda que com traços tímidos, uma nova história.
Ainda existe vida em mim. Ainda existe.
Patrícia Prado
terça-feira, setembro 14, 2010
Palavras do Jonh
Fizeram a gente acreditar que o amor mesmo, o amor prá valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta. A gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar em uma fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduo com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula para ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustam as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
Jonh Lennon
O despertar
Tudo estava no lugar até você chegar.
Uma vida tranquila; sonhos modestos alimentados pela paciência e pela fé.
Mas você chegou e trouxe consigo a fúria do desejo.
Vestido de tempestade anunciou a finitude do tempo
Revelando minha impotência diante dos fatos.
A angústia e a tormenta.
A febre do querer.
O talvez e o não.
Elementos que se misturam e refletem que
Em meio ao caos produzido por tua chegada
É possível ver a cintilar o brilho da esperança
Que vigilante vela pela razão do nosso existir, o amor.
É ela que traduz toda essa efervescência de encontros e desencontros;
Que entende que o fim é apenas uma perspectiva
E que no hoje está a oportunidade do início.
E assim, diante da esperança
Eu me rendo e espero.
E espero não tua partida definitiva mas tua chegada permanente.
Patrícia Prado
quinta-feira, setembro 09, 2010
Você me toca...
quinta-feira, setembro 02, 2010
Toda a minha dor: por você...
" Eu e você frente à frente...
É o medo e o desejo;
É a desconfiança e a esperança;
É o grito e o silêncio;
É o gelo derretendo a mão no fogo...
Eu e você frente à frente
É ter sempre que me confrontar
Encarar meus erros e as minhas razões...
As minhas verdades e as minhas ilusões;
Meu poder e minha impotência;
A minha liberdade e os meus limites...
Quando eu estou na tua frente
Eu sinto toda a minha dor,
Mas só na sua frente eu posso sentir todo o meu amor."
Call you up in the middle of the night
Like a firefly without a light
You were there like a slow torch burning
Iwas a key that could use a little turning
So tired that I couldn't even sleep
So many secrets I couldn't keep
Promised myself I woudn't weep
One more promise I couldn'r keep
It seems no one can help me now
I'm in too deep
There's no way out
This time I have really led myself astray
Runaway train never going back
Wrong way on a one way track
Seems like I should be getting somewhere
Somehow I'm neither here on there
Can you help me remember how to smile
Make it somehow all seem worthwhile
How on earth did I get so jaded
Life's mystery seems so faded
I can go where no one else can go
I know what no one else knows
Here I am just drownin in the rain
With a ticket for a runaway train
And everything seems cut and dry
Day and night earth and sky
Somohow I just don't believe it
Bought a ticket for a runaway train
Like a madman laughin at the rain
Little out of touch little insane
Just easier than dealing with the pain
Runaway train never comin' back
Runaway train tearin'up the track
Runaway train burnin' in my veins
Runaway but it always seems the same
Runaway train - Soul Asylum
Like a firefly without a light
You were there like a slow torch burning
Iwas a key that could use a little turning
So tired that I couldn't even sleep
So many secrets I couldn't keep
Promised myself I woudn't weep
One more promise I couldn'r keep
It seems no one can help me now
I'm in too deep
There's no way out
This time I have really led myself astray
Runaway train never going back
Wrong way on a one way track
Seems like I should be getting somewhere
Somehow I'm neither here on there
Can you help me remember how to smile
Make it somehow all seem worthwhile
How on earth did I get so jaded
Life's mystery seems so faded
I can go where no one else can go
I know what no one else knows
Here I am just drownin in the rain
With a ticket for a runaway train
And everything seems cut and dry
Day and night earth and sky
Somohow I just don't believe it
Bought a ticket for a runaway train
Like a madman laughin at the rain
Little out of touch little insane
Just easier than dealing with the pain
Runaway train never comin' back
Runaway train tearin'up the track
Runaway train burnin' in my veins
Runaway but it always seems the same
Runaway train - Soul Asylum
quarta-feira, setembro 01, 2010
O que ecoa hoje em mim
terça-feira, agosto 31, 2010
Apátia
Que dor é essa que nos move como folhas soltas ao vento?
Que ferida é essa, aberta em você, mas que sangra em mim?
Que vida é essa que me trazes embrulhadas em tecidos rotos, velhos?
A apátia me envolve e o estado de sono começa a invadir.
Tédio. Sua fala me causa tédio. Seu não saber me causa tédio.
E o pêndulo da decisão começa a pesar em uma direção,
A direção mais pesada, a direção do abandono.
Patrícia Prado
quinta-feira, agosto 12, 2010
Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, me deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar
Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequencia do destino é o amor, pra sempre vou te amar
Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de Janeiro a Janeiro
Até o mundo acabar
Roberta Campos e Nando Reis - De Janeiro a Janeiro
E enxergar as coisas que me deixam no ar, me deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar
Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequencia do destino é o amor, pra sempre vou te amar
Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de Janeiro a Janeiro
Até o mundo acabar
Roberta Campos e Nando Reis - De Janeiro a Janeiro
sexta-feira, julho 30, 2010
Às vezes se eu me distraio
Se eu não me vigio um instante
Me transporto prá dentro de você
Já vi que não posso ficar tão solta
Que vem logo aquele cheiro
Que passa de você prá mim
Num fluxo perfeito
Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho tão perto
E me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é!
Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Prá poder te gravar em mim
Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha o meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
Ninguém registra a cena de repente
Vira um filme todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é...
Pitty - Equalize
quarta-feira, maio 26, 2010
O Labirinto
terça-feira, maio 25, 2010
De volta
Dias sem palavras, dias sem falas, dias de vã filosofia.
Mas o retorno ao Logos. O retorno as coisas essenciais.
Se navegar é preciso como disse o poeta, dizer também é preciso!
E a pena mais uma vez deslisa suavemente sobre o papel dando forma ao vazio existencial.
Sê bem-vinda palavras! Seja alegre o teu retorno!
Eis-nos novamente no mesmo lugar.
Patrícia Prado
Mas o retorno ao Logos. O retorno as coisas essenciais.
Se navegar é preciso como disse o poeta, dizer também é preciso!
E a pena mais uma vez deslisa suavemente sobre o papel dando forma ao vazio existencial.
Sê bem-vinda palavras! Seja alegre o teu retorno!
Eis-nos novamente no mesmo lugar.
Patrícia Prado
Quando o homem e uma mulher com significativas afinidades espirituais e psicológicas se encontram e se apaixonam um pelo outro, se eles já dominaram a ansiedade que os problemas e as dificuldades pessoais provocam e ultrapassaram o nível de simplesmente lutar para fazer seu relacionamento "funcionar", o amor romântico proporciona-lhes então não apenas a felicidade sexual e emocional, mas também os ajuda a atingir níveis mais elevados de crescimento pessoal. Ele torna-se o contexto para um contínuo encontro com o self, o si-mesmo, através do processo de interação com outro self. Duas consciências, cada uma dedicada à sua evolução pessoal, podem proporcionar, uma à outra, um extraordinário estímulo e desafio. O êxtase pode, então, tornar-se parte de sua vida. O amor romântico não é um mito que deve ser rejeitado, pois, para a maioria de nós, é uma revelação que ainda aguarda sua hora de nascer.
Nathaniel Branden
Destino
Despertar para a vida. Eis o que nos pede o dia.
E você, ai parado, inerte não percebe que as nossas vidas são apenas uma.
A terra seca a espera da chuva. A semente que teima brotar. O amor...
E a cidade sobrevive. Arranhas-ceus. bilhões de seres transitam entre si sem se perceber.
Eu e você... Nos percebemos?
Trama. A linha da vida sendo traçada. Sem controle...
Não há como fugir. Eu e você nos encontramos.
Patrícia Prado
E você, ai parado, inerte não percebe que as nossas vidas são apenas uma.
A terra seca a espera da chuva. A semente que teima brotar. O amor...
E a cidade sobrevive. Arranhas-ceus. bilhões de seres transitam entre si sem se perceber.
Eu e você... Nos percebemos?
Trama. A linha da vida sendo traçada. Sem controle...
Não há como fugir. Eu e você nos encontramos.
Patrícia Prado
quinta-feira, janeiro 21, 2010
O Caminho do dabhãr
O que é o dabhãr? qual o caminho que se deve percorrer para encontrá-lo?
Dabhãr é uma palavra de origem hebraica e significa "aquilo que está por trás". Na Septuaginta, o termo "logos" é usado para traduzir a palavra hebraica dabhãr, logo dabhãr também significa palavra, som compreensível.
Se analisarmos o significado do dabhãr, a partir de caracterísiticas comuns da psicologia dos hebreus, o dabhãr de um homem é considerado, como em certo sentido, uma extensão de sua personalidade, e que possui uma existência substancial toda própria.
Utilizamos assim nosso dabhãr para construir pontes, caminhos que nos levem de encontro as pessoas, ao mundo, a compreensão do cosmo. Mas quantas vezes o dabhãr não é compreendido? Quantas vezes o utilizamos de maneira vil, dissimulada, não revelando a verdadeira personalidade que possuímos? Quantas vezes tratamos o dabhãr como um instrumento de manipulação?
Os homens se escondem atrás de dabhãres não permitindo que a sua existência substancial seja conhecida, seja revelada e ao camuflar sua verdadeira identidade perde-se a oportunidade de vivenciar experiências reais, concretas, verdadeiras.
Mentiras, falácias, enganos. O que tem se tornado o dabhãr dos homens? Pode-se confiar em alguém? Você pode confiar em seu dabhãr? que caminho tem traçado em seu discurso para com os outros?
Para um hebreu a palavra de um homem tinha valor incondicional. Sua palavra revelava seu cárater e sobre essa palavra lançava-se a confiança, os fundamentos do pensar sobre o ser em questão. Precisamos resgatar essa confiança nos homens e essa somente ocorrerá quando nos propusermos a ser os primeiros a trilhar o caminho da verdade, o caminho do dabhãr.
Patrícia Prado
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