Existem alguns momentos na vida de um homem em que ele enfrenta tantas dificuldades, tantos inimigos, que não é suficiente que seja apenas um homem. Ele precisa ser um super-homem.
Zaratustra, 6 a.C.
sábado, junho 09, 2007
Desafio
Eu e você usamos a mesma língua, as mesmas palavras. Mas que culpa temos nós de que as palavras, em si, sejam vazias? Vazias, sim. Ao dizê-las a mim, você preenche-as com o seu sentido e valor; e eu, ao recebê-las, inevitavelmente preencho-as com o meu sentido e valor. Pensamos que nos entendemos; de fato, não nos entendemos. (…)
Luigi Pirandello
Luigi Pirandello
quarta-feira, junho 06, 2007
The Passion of the Christ
O que dizer de A paixão de Cristo? Que crítica um cristão convicto poderia fazer a das mais belas obras que o cinema produziu sobre a vida e morte de Cristo?
Muitas foram as análises sobre essa obra. Hipócritas, as pessoas não se conformavam com a “brutalidade” das cenas, com os açoites, com os castigos descritos. Coitado do Cristo! Exagerado demais o filme. Aproveitaram-se da história para ganhar dinheiro...
Quando ouço tais argumentos fico a pensar: porque será que nos comovemos com a morte de Cristo mas não nos comovemos com milhares de pessoas que são mortas nas grandes cidades, nos morros, nos campos, no mundo? Porque o Cristo não pode ser retratado como um homem sofredor? Porque a visão do Cristo homem deve ser sempre menosprezada, ou melhor camuflada?
Jesus foi 100% homem e ao mesmo tempo 100% Deus. Tal afirmativa é complexa e difícil de entendimento, algo que ainda a doutrina sobre a Trindade tenta explicar. Todo o sentimento inerente a um homem, Jesus sentiu, todas as tentações que um homem é exposto creio que ele passou, mas suportou-as porque havia um propósito especifico em sua vida na terra.
Quando o verbo se tabernaculou, tornou-se carne abriu mão de sua deidade para viver entre os pecadores. Um corpo fantasmático estava a se formar. Inserido em uma cultura altamente seletiva, Jesus conseguiu libertar-se desse julgo imposto pela sociedade de sua época e a tona seu ipseidico revelou toda a verdade que o trouxera a vida entre os homens.
Mas a libertação do fantasmático tem um preço e esse pode ser a própria vida. Incompreendido seu castigo foi a cruz.
Assim como Cristo muitos homens que de alguma forma tentaram libertar-se das algemas de uma cultura dominadora e cruel foram massacrados eliminados por ela. Ser participante de uma comunidade é estar em acordo com seus preceitos uma vez que isso não ocorre deve-se tirar de cena aqueles que lutam contra a ordem estabelecida.
Muitas foram as análises sobre essa obra. Hipócritas, as pessoas não se conformavam com a “brutalidade” das cenas, com os açoites, com os castigos descritos. Coitado do Cristo! Exagerado demais o filme. Aproveitaram-se da história para ganhar dinheiro...
Quando ouço tais argumentos fico a pensar: porque será que nos comovemos com a morte de Cristo mas não nos comovemos com milhares de pessoas que são mortas nas grandes cidades, nos morros, nos campos, no mundo? Porque o Cristo não pode ser retratado como um homem sofredor? Porque a visão do Cristo homem deve ser sempre menosprezada, ou melhor camuflada?
Jesus foi 100% homem e ao mesmo tempo 100% Deus. Tal afirmativa é complexa e difícil de entendimento, algo que ainda a doutrina sobre a Trindade tenta explicar. Todo o sentimento inerente a um homem, Jesus sentiu, todas as tentações que um homem é exposto creio que ele passou, mas suportou-as porque havia um propósito especifico em sua vida na terra.
Quando o verbo se tabernaculou, tornou-se carne abriu mão de sua deidade para viver entre os pecadores. Um corpo fantasmático estava a se formar. Inserido em uma cultura altamente seletiva, Jesus conseguiu libertar-se desse julgo imposto pela sociedade de sua época e a tona seu ipseidico revelou toda a verdade que o trouxera a vida entre os homens.
Mas a libertação do fantasmático tem um preço e esse pode ser a própria vida. Incompreendido seu castigo foi a cruz.
Assim como Cristo muitos homens que de alguma forma tentaram libertar-se das algemas de uma cultura dominadora e cruel foram massacrados eliminados por ela. Ser participante de uma comunidade é estar em acordo com seus preceitos uma vez que isso não ocorre deve-se tirar de cena aqueles que lutam contra a ordem estabelecida.
Uma história conhecida por muitos, mas que sempre deve ser lembrada, A paixão de Cristo é um filme que mexe com as emoções e faz-nos repensar nossa trajetória, nossas escolhas, nossa vida.
Patrícia Prado
Os 92 minutos do Sr. Braun
Que angustia saber que tem-se somente 92 minutos de vida! O que pensaríamos? O que faríamos?Uma vida inteira diante de você apenas 92 minutos para resolvê-la!
Assim é Os 92 minutos do Sr. Braun . Uma trágica comédia. O enredo traz a historia de Braun um homem que após diagnosticado uma doença descobre também que tem apenas 92 minutos de vida.
Toda sua vida começa a perder o sentido e a única idéia que lhe surge a mente é despedir-se dos seus. Mas algo pelo qual Braun não esperava: as pessoas estão muito ocupadas com suas vidas, elas não têm tempo.
Essa é a realidade do homem pós-moderno. Mergulhado em sua subjetividade não percebemos o outro. Andamos em meio a multidão. Não conhecemos nosso vizinho, nossos parentes são apenas alguém que possuem o mesmo sobrenome e nossas vidas se resumem a um bater de relógio que faz a marcação do fim.
O homem moderno perdeu a sensibilidade. Viver ou morrer é apenas uma questão de tempo. Todos terão o mesmo destino, logo não adianta lamentar-se por ele.
E assim, nossas relações tornam-se frias, calculistas e superficiais. E a vida passa e a morte chega e um dia seremos apenas um nome inscrito em uma lapide em algum terreno comprado ou emprestado pelo Estado.
Patrícia Prado
Assim é Os 92 minutos do Sr. Braun . Uma trágica comédia. O enredo traz a historia de Braun um homem que após diagnosticado uma doença descobre também que tem apenas 92 minutos de vida.
Toda sua vida começa a perder o sentido e a única idéia que lhe surge a mente é despedir-se dos seus. Mas algo pelo qual Braun não esperava: as pessoas estão muito ocupadas com suas vidas, elas não têm tempo.
Essa é a realidade do homem pós-moderno. Mergulhado em sua subjetividade não percebemos o outro. Andamos em meio a multidão. Não conhecemos nosso vizinho, nossos parentes são apenas alguém que possuem o mesmo sobrenome e nossas vidas se resumem a um bater de relógio que faz a marcação do fim.
O homem moderno perdeu a sensibilidade. Viver ou morrer é apenas uma questão de tempo. Todos terão o mesmo destino, logo não adianta lamentar-se por ele.
E assim, nossas relações tornam-se frias, calculistas e superficiais. E a vida passa e a morte chega e um dia seremos apenas um nome inscrito em uma lapide em algum terreno comprado ou emprestado pelo Estado.
Patrícia Prado
Blade Runner
O que nos fazer ser humanos? O que nos distingue das máquinas? Liberdade? Emoção? Vida?
Em um mundo globalizado onde as fronteiras se rompem e a tecnologia dita as regras do jogo que mobiliza a humanidade as palavras que caracterizam o humano perdem o seu significado primeiro.
Blade Runner é um filme que nos faz perceber isso. Manipulação de sentimentos utilizando-se das lembranças é uma forma de manter cativos as mentes e sentimentos.
Matar para não ser morto, a lei da selva retorna novamente em meio a sociedade altamente tecnológica e por que não dizer moderna. Estranho pensarmos que o homem em sua ânsia pela superação de si mesmo tem regredido. Somos mais primitivos que nossos antepassados.
As relações humanas são pautadas na utilidade que cada ser tem. Se me és útil tem um valor caso contrário deves ser descartado. Assim foram com os replicantes: uma vez cientes de que poderiam ser mais que mão-de-obra escrava e na busca de sua liberdade rebelam-se e tal ato levam seus “genitores” a desejarem sua eliminação. Mas e a liberdade? E a escolha onde ficam?
Liberdade, igualdade, fraternidade são utopias. Somos resultado do desejo de um sistema especifico que alicerçado em pressupostos morais dita as normas. O consciente é prisioneiro de um habitus ensinado, preparado antes de existirmos .
Em um mundo globalizado onde as fronteiras se rompem e a tecnologia dita as regras do jogo que mobiliza a humanidade as palavras que caracterizam o humano perdem o seu significado primeiro.
Blade Runner é um filme que nos faz perceber isso. Manipulação de sentimentos utilizando-se das lembranças é uma forma de manter cativos as mentes e sentimentos.
Matar para não ser morto, a lei da selva retorna novamente em meio a sociedade altamente tecnológica e por que não dizer moderna. Estranho pensarmos que o homem em sua ânsia pela superação de si mesmo tem regredido. Somos mais primitivos que nossos antepassados.
As relações humanas são pautadas na utilidade que cada ser tem. Se me és útil tem um valor caso contrário deves ser descartado. Assim foram com os replicantes: uma vez cientes de que poderiam ser mais que mão-de-obra escrava e na busca de sua liberdade rebelam-se e tal ato levam seus “genitores” a desejarem sua eliminação. Mas e a liberdade? E a escolha onde ficam?
Liberdade, igualdade, fraternidade são utopias. Somos resultado do desejo de um sistema especifico que alicerçado em pressupostos morais dita as normas. O consciente é prisioneiro de um habitus ensinado, preparado antes de existirmos .
Patrícia Prado
Mesmo habituados a determinados comportamentos o ser humano possui dentro de si questionamentos e esses questionamentos estão ligados intimamente a sua existência. Encontrar o criador a fim de alcançar respostas que a inteligência não consegue dar é a busca de todo homem-máquina.
E nesse afã cria e recriam deuses, seres sagrados que conforme o imaginário de cada um dará respostas plausíveis aos seus anseios humanos.
Isso leva-nos a crer, segundo dizem os estruturalistas, que mesmo distintas as culturas fornecem padrões parecidos em seus fundamentos.
Assim, podemos inferir que os homens possuem um ethos similar, mas habitus que se distinguem devido a particularidade de cada cultura.
Blade Runner nos fornece essas imagens; no encontro dos homens com as máquinas um embate: quem é mais humano? O replicante que consegue perdoar e salvar seu perseguidor ou o homem que mata a pedido de alguém?
Uma análise pertinente que nos remete a uma verdade: estamos caminhando a passos largos para o fim. Não o fim registrado nos escritos sagrados, mas um fim como ser. Somos homens-máquinas e nem temos percebido isso.
Nossa ética é fria, nossas ações mais ainda. Um corpo em meio à multidão que não se destaca porque é igual a tantos outros ali. Sem vontade própria, sem pensamentos seduzidos pela beleza fugaz das coisas (e pessoas têm se tornado coisas!)
Enfim, Blade Runner traz-nos essa reflexão e nos faz pensar qual a diferença entre uma máquina e o homem moderno? O homem ainda é um ser ou se perdeu na evolução? A ciência como detentora de um poder criador pode ser a arma de destruição da raça humana?
Mesmo habituados a determinados comportamentos o ser humano possui dentro de si questionamentos e esses questionamentos estão ligados intimamente a sua existência. Encontrar o criador a fim de alcançar respostas que a inteligência não consegue dar é a busca de todo homem-máquina.
E nesse afã cria e recriam deuses, seres sagrados que conforme o imaginário de cada um dará respostas plausíveis aos seus anseios humanos.
Isso leva-nos a crer, segundo dizem os estruturalistas, que mesmo distintas as culturas fornecem padrões parecidos em seus fundamentos.
Assim, podemos inferir que os homens possuem um ethos similar, mas habitus que se distinguem devido a particularidade de cada cultura.
Blade Runner nos fornece essas imagens; no encontro dos homens com as máquinas um embate: quem é mais humano? O replicante que consegue perdoar e salvar seu perseguidor ou o homem que mata a pedido de alguém?
Uma análise pertinente que nos remete a uma verdade: estamos caminhando a passos largos para o fim. Não o fim registrado nos escritos sagrados, mas um fim como ser. Somos homens-máquinas e nem temos percebido isso.
Nossa ética é fria, nossas ações mais ainda. Um corpo em meio à multidão que não se destaca porque é igual a tantos outros ali. Sem vontade própria, sem pensamentos seduzidos pela beleza fugaz das coisas (e pessoas têm se tornado coisas!)
Enfim, Blade Runner traz-nos essa reflexão e nos faz pensar qual a diferença entre uma máquina e o homem moderno? O homem ainda é um ser ou se perdeu na evolução? A ciência como detentora de um poder criador pode ser a arma de destruição da raça humana?
Questões, questões, questões. Eternas questões.
Lord of the files
Tratar como estranho o que é conhecido; tratar como conhecido o que é estranho. A partir da perspectiva teórica da etnografia O Senhor das moscas revela-nos o outro lado do ser humano quando lhe é tirada todo o arcabouço cultural.
Isolados e perdidos 25 jovens da Academia Militar dos EUA encontram-se a mercê da própria sorte.
Em principio tentam-se organizar aos moldes do aprendizado cultural, porém com o passar dos dias percebem que a lei que organiza aquele espaço deve ser outra e assim vêem-se diante do desconhecido.
Tudo é novo e diante desse é preciso dar respostas a fim de sobreviver. Uma luta interna é travada : de um lado o instinto natural humano (Freud provavelmente não usaria esse termo, mas na ausência de um termo mais elucidativo fiquemos com esse para maior compreensão) do outro o comportamento aprendido.
Um filme chocante e que deixa-nos a pensar sobre a verdadeira natureza humana. O que somos sem o controle da cultura? Quais são os sentimentos que permeiam nosso ser? Tais sentimentos são inatos ou adquiridos através do aprendizado cultural?
Além do enredo outro fato chamou-me atenção foi o nome do filme. O nome Beelzebuth, do hebraico traduzido significa senhor das moscas. Na hierarquia ele seria o príncipe dos demônios no pensamento judaico-cristão. Porque será então que o filme leva tal nome?
As atrocidades cometidas por aqueles jovens estariam ligados ao mal, pensaríamos. Somente uma pessoa fora de si, dominada por forças externas poderia em chegar a crueldades e atrocidades como aquelas.
Tal pensamento é formulado a partir de uma ótica de análise ocidental cristã, mas se analisarmos outras comunidades a morte e a crueldade são fatos reais e cotidianos. Quantas mulheres não são mutiladas em paises africanos em nome de uma tradição? Quantas crianças ainda hoje não são entregues em sacrifícios a uma divindade? E se não fosse o bastante, quantas crianças são abandonadas ou abortadas não em nome de uma divindade, mas em nome de um sistema de controle de natalidade como na China?
É estranho aos nossos olhos tais fatos, mas todos os dias somos convidados a trata-los como conhecidos e fazemos muito bem pois a morte já não é mais novidade e nem causa mais repulsa os maus tratos cometidos aos nossos semelhantes.
Não há como assistir a uma obra como essa é ser indiferente. Um espelho é colocado-nos a frente para que possamos ver aquilo que muitas vezes tentamos ocultar: nossa natureza é má mas a cultura pode transforma-la em algo bom, digno de convivência entre os outros.
Assim passamos nossa vida a conviver com sentimentos estranhos em nós que sempre estão a querer romper as quais acabamos nos acostumando e passando a trata-los como conhecidos quando na verdade é tão estanho quanto nos mesmos. O verdadeiro Self, alguém o conhece?
Isolados e perdidos 25 jovens da Academia Militar dos EUA encontram-se a mercê da própria sorte.
Em principio tentam-se organizar aos moldes do aprendizado cultural, porém com o passar dos dias percebem que a lei que organiza aquele espaço deve ser outra e assim vêem-se diante do desconhecido.
Tudo é novo e diante desse é preciso dar respostas a fim de sobreviver. Uma luta interna é travada : de um lado o instinto natural humano (Freud provavelmente não usaria esse termo, mas na ausência de um termo mais elucidativo fiquemos com esse para maior compreensão) do outro o comportamento aprendido.
Um filme chocante e que deixa-nos a pensar sobre a verdadeira natureza humana. O que somos sem o controle da cultura? Quais são os sentimentos que permeiam nosso ser? Tais sentimentos são inatos ou adquiridos através do aprendizado cultural?
Além do enredo outro fato chamou-me atenção foi o nome do filme. O nome Beelzebuth, do hebraico traduzido significa senhor das moscas. Na hierarquia ele seria o príncipe dos demônios no pensamento judaico-cristão. Porque será então que o filme leva tal nome?
As atrocidades cometidas por aqueles jovens estariam ligados ao mal, pensaríamos. Somente uma pessoa fora de si, dominada por forças externas poderia em chegar a crueldades e atrocidades como aquelas.
Tal pensamento é formulado a partir de uma ótica de análise ocidental cristã, mas se analisarmos outras comunidades a morte e a crueldade são fatos reais e cotidianos. Quantas mulheres não são mutiladas em paises africanos em nome de uma tradição? Quantas crianças ainda hoje não são entregues em sacrifícios a uma divindade? E se não fosse o bastante, quantas crianças são abandonadas ou abortadas não em nome de uma divindade, mas em nome de um sistema de controle de natalidade como na China?
É estranho aos nossos olhos tais fatos, mas todos os dias somos convidados a trata-los como conhecidos e fazemos muito bem pois a morte já não é mais novidade e nem causa mais repulsa os maus tratos cometidos aos nossos semelhantes.
Não há como assistir a uma obra como essa é ser indiferente. Um espelho é colocado-nos a frente para que possamos ver aquilo que muitas vezes tentamos ocultar: nossa natureza é má mas a cultura pode transforma-la em algo bom, digno de convivência entre os outros.
Assim passamos nossa vida a conviver com sentimentos estranhos em nós que sempre estão a querer romper as quais acabamos nos acostumando e passando a trata-los como conhecidos quando na verdade é tão estanho quanto nos mesmos. O verdadeiro Self, alguém o conhece?
Patrícia Prado
O Baile
Disseram-me que era um filme mudo. Cheia de conceitos já pré-estabelecidos sentei-me para vê-lo. Horrível! Foi a primeira crítica.
Alguns dias se passaram e novamente as cenas estavam diante de mim: O baile. Desta vez, junto com outras pessoas as cenas trouxeram-me muitas gargalhadas.
Um tempo depois fiquei a pensar sobre esse filme: o que teria de interessante a ponto de ser colocado para análise? Como poderia relacioná-lo a algum esquema?
Pois bem, tentemos tecer algum comentário.
No baile da vida os personagens se encontram. Todos a bailar sobre a melodia que embala as emoções, as ilusões.
Sons distintos ecoam pelo salão. Uma música tocada emoções distintas sentidas.
No primeiro momento as mulheres chegam ao salão e esperam por par. Distintas mulheres, distintas vidas. Cada uma representa uma personalidade, uma busca, uma verdade.
O objeto que fará conexão com a busca de cada uma será a música. Ela as levará ao encontro do realizar do desejo.
Os homens chegam. Diferentes em seus trajes e comportamentos começam a seleção. Apenas alguns conseguem formar um par perfeito. A arte imitando a vida?
E nessa dança o tempo vai passando. Encontros, desencontros, traição. Mas alguém fica a olhar todo esse movimento. Na expectativa de ser convidada a bailar uma das mulheres fica até o termino do baile esperando, esperando.
Expectadores da vida escolhemos muitas vezes esse papel por medo de se arriscar, por medo de viver. E assim, observamos a vida passar como quem contempla o mar em uma tarde de sol.
Não conseguimos fazer conexão com nenhum objeto de nossa cultura, pois tudo nos é estranho e o estranho nos causa medo, repulsa. E ao não se conectar não aprendemos os passos certos que a dança da vida requer.
Segundo Nietzche é preciso ter ainda um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança. (...) aproxima-se o tempo em que o homem já não conseguirá gerar estrela alguma. Aproxima-se o tempo do mais desprezível dos homens, daquele que já não pode se desprezar a si mesmo.
Se o caos é necessário para gerar uma estrela que dança então faz-se necessário lançar-se sobre o abismo ou então ficar a contempla-lo ouvindo sempre o mesmo eco, o eco da própria voz.
Alguns dias se passaram e novamente as cenas estavam diante de mim: O baile. Desta vez, junto com outras pessoas as cenas trouxeram-me muitas gargalhadas.
Um tempo depois fiquei a pensar sobre esse filme: o que teria de interessante a ponto de ser colocado para análise? Como poderia relacioná-lo a algum esquema?
Pois bem, tentemos tecer algum comentário.
No baile da vida os personagens se encontram. Todos a bailar sobre a melodia que embala as emoções, as ilusões.
Sons distintos ecoam pelo salão. Uma música tocada emoções distintas sentidas.
No primeiro momento as mulheres chegam ao salão e esperam por par. Distintas mulheres, distintas vidas. Cada uma representa uma personalidade, uma busca, uma verdade.
O objeto que fará conexão com a busca de cada uma será a música. Ela as levará ao encontro do realizar do desejo.
Os homens chegam. Diferentes em seus trajes e comportamentos começam a seleção. Apenas alguns conseguem formar um par perfeito. A arte imitando a vida?
E nessa dança o tempo vai passando. Encontros, desencontros, traição. Mas alguém fica a olhar todo esse movimento. Na expectativa de ser convidada a bailar uma das mulheres fica até o termino do baile esperando, esperando.
Expectadores da vida escolhemos muitas vezes esse papel por medo de se arriscar, por medo de viver. E assim, observamos a vida passar como quem contempla o mar em uma tarde de sol.
Não conseguimos fazer conexão com nenhum objeto de nossa cultura, pois tudo nos é estranho e o estranho nos causa medo, repulsa. E ao não se conectar não aprendemos os passos certos que a dança da vida requer.
Segundo Nietzche é preciso ter ainda um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança. (...) aproxima-se o tempo em que o homem já não conseguirá gerar estrela alguma. Aproxima-se o tempo do mais desprezível dos homens, daquele que já não pode se desprezar a si mesmo.
Se o caos é necessário para gerar uma estrela que dança então faz-se necessário lançar-se sobre o abismo ou então ficar a contempla-lo ouvindo sempre o mesmo eco, o eco da própria voz.
Patrícia Prado
sexta-feira, junho 01, 2007
Tente outra vez...
VEJA
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente ou...tra vez
BEBA
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada aca...bou, não não não não
TENTE
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira
Bailando no ar
QUEIRA
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente ou...tra vez
TENTE
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez
Simplesmente Raul
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