Disseram-me que era um filme mudo. Cheia de conceitos já pré-estabelecidos sentei-me para vê-lo. Horrível! Foi a primeira crítica.
Alguns dias se passaram e novamente as cenas estavam diante de mim: O baile. Desta vez, junto com outras pessoas as cenas trouxeram-me muitas gargalhadas.
Um tempo depois fiquei a pensar sobre esse filme: o que teria de interessante a ponto de ser colocado para análise? Como poderia relacioná-lo a algum esquema?
Pois bem, tentemos tecer algum comentário.
No baile da vida os personagens se encontram. Todos a bailar sobre a melodia que embala as emoções, as ilusões.
Sons distintos ecoam pelo salão. Uma música tocada emoções distintas sentidas.
No primeiro momento as mulheres chegam ao salão e esperam por par. Distintas mulheres, distintas vidas. Cada uma representa uma personalidade, uma busca, uma verdade.
O objeto que fará conexão com a busca de cada uma será a música. Ela as levará ao encontro do realizar do desejo.
Os homens chegam. Diferentes em seus trajes e comportamentos começam a seleção. Apenas alguns conseguem formar um par perfeito. A arte imitando a vida?
E nessa dança o tempo vai passando. Encontros, desencontros, traição. Mas alguém fica a olhar todo esse movimento. Na expectativa de ser convidada a bailar uma das mulheres fica até o termino do baile esperando, esperando.
Expectadores da vida escolhemos muitas vezes esse papel por medo de se arriscar, por medo de viver. E assim, observamos a vida passar como quem contempla o mar em uma tarde de sol.
Não conseguimos fazer conexão com nenhum objeto de nossa cultura, pois tudo nos é estranho e o estranho nos causa medo, repulsa. E ao não se conectar não aprendemos os passos certos que a dança da vida requer.
Segundo Nietzche é preciso ter ainda um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança. (...) aproxima-se o tempo em que o homem já não conseguirá gerar estrela alguma. Aproxima-se o tempo do mais desprezível dos homens, daquele que já não pode se desprezar a si mesmo.
Se o caos é necessário para gerar uma estrela que dança então faz-se necessário lançar-se sobre o abismo ou então ficar a contempla-lo ouvindo sempre o mesmo eco, o eco da própria voz.
Alguns dias se passaram e novamente as cenas estavam diante de mim: O baile. Desta vez, junto com outras pessoas as cenas trouxeram-me muitas gargalhadas.
Um tempo depois fiquei a pensar sobre esse filme: o que teria de interessante a ponto de ser colocado para análise? Como poderia relacioná-lo a algum esquema?
Pois bem, tentemos tecer algum comentário.
No baile da vida os personagens se encontram. Todos a bailar sobre a melodia que embala as emoções, as ilusões.
Sons distintos ecoam pelo salão. Uma música tocada emoções distintas sentidas.
No primeiro momento as mulheres chegam ao salão e esperam por par. Distintas mulheres, distintas vidas. Cada uma representa uma personalidade, uma busca, uma verdade.
O objeto que fará conexão com a busca de cada uma será a música. Ela as levará ao encontro do realizar do desejo.
Os homens chegam. Diferentes em seus trajes e comportamentos começam a seleção. Apenas alguns conseguem formar um par perfeito. A arte imitando a vida?
E nessa dança o tempo vai passando. Encontros, desencontros, traição. Mas alguém fica a olhar todo esse movimento. Na expectativa de ser convidada a bailar uma das mulheres fica até o termino do baile esperando, esperando.
Expectadores da vida escolhemos muitas vezes esse papel por medo de se arriscar, por medo de viver. E assim, observamos a vida passar como quem contempla o mar em uma tarde de sol.
Não conseguimos fazer conexão com nenhum objeto de nossa cultura, pois tudo nos é estranho e o estranho nos causa medo, repulsa. E ao não se conectar não aprendemos os passos certos que a dança da vida requer.
Segundo Nietzche é preciso ter ainda um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança. (...) aproxima-se o tempo em que o homem já não conseguirá gerar estrela alguma. Aproxima-se o tempo do mais desprezível dos homens, daquele que já não pode se desprezar a si mesmo.
Se o caos é necessário para gerar uma estrela que dança então faz-se necessário lançar-se sobre o abismo ou então ficar a contempla-lo ouvindo sempre o mesmo eco, o eco da própria voz.
Patrícia Prado
Nenhum comentário:
Postar um comentário