quarta-feira, outubro 04, 2006

Mais-que-perfeito


Gosto de Vinícius, gosto de Pessoa.
Gosto daqueles que me fazem sonhar.

Gosto do som, gosto do tom.
Gosto daquilo que é ilusão.

E de tanto gostar,
Invento novas conjugações para o verbo amar.

E afinal, eu gosto ou não de conjugar?

A cartilha a muito esquecida
Vai perdendo sua forma
E as letras esmurecidas
Ainda refletem fugazmente os sentimentos ainda sentidos...

E assim, no vai e vem da vida
O verbo que não que deixar de ser
Torna-se pródigo de uma história sem fim
A conjugar sempre, sempre
Querendo deixar de ser mais-que-perfeito
Para de fato afirmar-se presente.

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