quinta-feira, agosto 03, 2006

Espero

Flores, cheiro de morte.
A sinto, a percebo, a desejo.
A mortalha posta sobre a cama;
Entre a penumbra da alma
Se prepara o coração para recebe-la.

A morte. A senhora dos fins.

Eu a quero, eu a desejo, eu preciso...
Preciso morrer para tudo aquilo que me aprisiona.
Preciso matar todo sentimento que rouba a paz.
Preciso da morte. Da ação da morte. Preciso.

E eu a espero. Lívido, sereno.
Como alguém que está prestes a realizar os sonhos eu a espero.
Eu a espero, espero...

Patrícia Prado

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