segunda-feira, agosto 06, 2007

The Matrix Reloaded

O homem que possui a chave que leva a Matrix é prisioneiro. Intrigante metáfora. Quantas vezes possuímos as chaves, mas não podemos utiliza-las? Quantas vezes sabemos o caminho, mas não conseguimos percorre-lo?
Em Matrix Reloaded algumas frases são verdadeiras chaves que nos serve de respostas para algumas indagações. Uma delas diz respeito as escolhas: escolhas são ilusões, construídas pelos que tem poder e os que não tem. Porque no fundo não temos controle de nossas emoções.
Controlados por outros. Nossas vidas, nossas emoções, nossos desejos. Como ser somos nossas escolhas futuras já estão pré-determinadas pelas regras morais da cultura. Somos respostas dessas regras e damos continuidade a elas.
Assim umas massas de iguais vão surgindo. Mesma forma, mesma aparência, mesmos desejos. Escravos da causalidade todos estão à espera de um milagre e esse milagre são os eventuais que surgem. A eventualidade da vida leva-nos a uma tomada de atitude e essa escolha muda o destino, transforma-nos de pessoas normais a escolhidos.
Tudo é ilusão e é através da linguagem que a ilusão toma forma de verdade, de real.
Um programa perfeito: alguém cria as ilusões e as passa a uma massa de alienados porém uma anomalia pode comprometer o perfeito funcionamento do sistema: o amor.
Em Matrix o amor de Trinity o faz ressurgir em Reloaded é a vez de Neo provar seu amor. Entre salvar Zion e milhares de pessoas e Trinity Neo escolhe a segunda opção. A escolha. O problema da anomalia está na escolha.
Patrícia Prado

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